sexta-feira, 6 de maio de 2011

NOVOS HORIZONTES EM ONCOLOGIA




Diante de uma tecnologia inovadora, a Medicina tem se sofisticado paralelamente a essa tecnologia, trazendo horizontes nunca antes vistos, que em um futuro cada vez mais próximo, farão parte do grupo de exames dos quais são mais acessíveis á população.
Experiências recentes e aprovadas no exterior mostram que vacinas, além de prevenir o câncer induzido por vírus, podem ser eficazes no tratamento da doença já estabelecida e avançada.
Há duas maneiras de combater o câncer com vacinas. A primeira é por meio da vacinação contra certas infecções virais que podem levar ao surgimento de câncer, como as vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, que são responsáveis pelo surgimento do câncer de colo de útero e de fígado.
O desenvolvimento de vacinas para combater tumores malignos estabelecidos pretende estimular as defesas do corpo a atacar a doença já instalada, diferente daquela vacina feita para prevenir doenças.
Em abril desse ano, o órgão de controle de medicamentos, o FDA, liberou a vacina sipuleucel-T, para tratamento de câncer de próstata que já apresenta metástase e é resistente a terapia convencional.
Um estudo clínico já publicado mostra que, embora não tenha evitado a progressão da doença, o grupo de pacientes que recebeu a vacina obteve uma sobrevida quatro meses superior que a do grupo que não recebeu.
Os estudos em andamento, especialmente para tumores de maior prevalência, como mama, pulmão e melanoma, apontam para vacinas individualizadas.
Diante disso, as vacinas devem ajudar a diminuir a mortalidade de câncer nos próximos anos.
                        
Ainda mais: Cientistas descobriram que o câncer, além de estimular a multiplicação de vasos sanguíneos já existentes, dispõe de um mecanismo próprio de vascularização.
Dois artigos publicados na última edição da revista científica Nature por pesquisadores, respondem o motivo pelo qual o Avastin, remédio que interrompe a ação da proteína essencial para o crescimento e a proliferação do câncer, não está fazendo os  efeito esperados nos pacientes.
Sete de cada dez pacientes, por exemplo, não estavam respondendo satisfatoriamente ao Avastin.
Foi descoberto pelos pesquisadores que a célula cancerígena, além de estimular a angiogênese, promove a formação de uma rede própria de alimentação. A maior parte da sua vascularização vem da transformação das células-tronco do próprio tumor em vasos sanguíneos. Assim, conclui-se que o Avastin consegue atuar bloqueando os vasos já existentes, não os novos vasos criados a  partir de células-tronco do próprio tumor.
Esses pesquisadores também investigaram marcadores biológicos encontrados tanto nas células tumorais quanto nas células da rede capilar de alimentação do câncer, e que não são vistos em tecidos saudáveis no organismo. Dessa forma, foi comprovado que parte da rede de vascularização no tumor, é originado no próprio tumor. Isso confirma as pesquisas, como também abrem novas pesquisas que visem á criação de remédios que ataquem esses novos vasos sanguíneos.
Nas figuras abaixo, mostra o processo da angiogênese e a vascularização do próprio tumor.





O uso da nanotecnologia também não pode ser deixado de falar, já que a idéia é atacar o tumor sem atingir os tecidos saudáveis, um enigma para pesquisadores. Partindo desse princípio, pesquisadores trabalham com nanopartículas de ferro para queimar células tumorais. Elas são acopladas a anticorpos ou células-tronco que localizem o tumor. Quando encontram o tumor, um equipamento externo aquece essas nanopartículas e o tumor é derretido. Os testes ainda são feitos em animais com resultados positivos.


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