quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Crescimento Saudável: mercado de equipamentos médicos cresce mais do que a economia brasileira





O crescimento estimado de 19% - atingindo um faturamento R$ 13,5 bilhões - superior à média de crescimento da economia brasileira, que ficará abaixo dos 4.5%. O setor registrou ainda expansão recorde no número de empregos, - 6 mil novos postos de trabalho – duplicando as expectativas para o período. O Brasil é um dos seis maiores mercados mundiais em equipamentos e produtos médico-hospitalares. 

Os dados sobre o desempenho do setor foram apresentados pela ABIMED- Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares, na última terça-feira, 6 de dezembro, durante evento anual da entidade. 

A ABIMED congrega 128 empresas de tecnologia avançada, que respondem por cerca de 50% do faturamento do mercado médico-hospitalar – um volume em torno de R$ 7,7 bilhões. Segundo a entidade, a expansão do setor foi impulsionada pelo crescimento da economia, geração de novos empregos e aumento do acesso a planos de saúde. A baixa cotação do dólar também estimulou as instituições a atualizar seus equipamentos, com impacto no serviço prestado. 

“Os números mostram que ainda existe uma demanda reprimida no mercado de saúde brasileiro. O segmento que mais cresceu foi o comércio atacadista de máquinas e aparelhos, que aumentou 22% em relação ao mesmo período do ano passado”, explica Carlos Goulart, presidente executivo da ABIMED.
Segundo Goulart, além da geração de empregos ter superado as estimativas, a maioria de postos de trabalho é especializada e sustentável, voltada principalmente para os serviços de manutenção da base instalada no país. 

Houve crescimento importante também no número de empregos gerados pelos prestadores de serviço de diagnóstico e terapia que utilizam esses equipamentos e produtos: cerca de 15 mil novos postos de trabalho. Essa indústria hoje emprega mais de 160 mil pessoas.

Intercâmbio para Tecnólogos



 
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AUMENTO DO NÚMERO DE TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E RADIOTERÁPICOS, DEVIDO AO POSSÍVEL AUMENTO DOS CASOS DE LINFOMA



O linfoma do tipo não Hodgkin, doença que acometeu a presidente Dilma Rousseff e contra a qual o ator Reynaldo Gianecchini está em tratamento, apareceu pela primeira vez nas estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Entre as mulheres, o Estado de São Paulo lidera a previsão de novos casos para o próximo ano: são esperados 7,08 tumores a cada 100 mil mulheres paulistas.

 O linfoma entra pela primeira vez nas estimativas pela sua magnitude, com uma incidência acima das leucemias, tanto em homens como em mulheres, afirma o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos do Inca, Carlos Noronha. O linfoma é mais incidente na população idosa. O envelhecimento da população corrobora para o surgimento da doença, explica o hematologista Garles Matias Vieira, médico do Hospital A.C. Camargo. Também há outros fatores. O uso de terapias imunossupressoras, para o tratamento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, doença de Crohn, ou para evitar a rejeição de órgão transplantado favorece o surgimento do linfoma, completa.



O linfoma não Hodgkin é um câncer do sistema linfático e tem mais de 20 subtipos diferentes catalogados pela Organização Mundial de Saúde. Os primeiros sintomas incluem o aumento de gânglios (popularmente conhecidos como nódulos ou ínguas), que ficam palpáveis no pescoço, axilas, virilha. Outros sinas da doença são febre persistente por mais de 15 dias e perda não intencional de mais de 10% do peso. O tratamento varia conforme o subtipo da doença - radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea.

BLOG DO TECNÓLOGO: Entrevista com Tecnólogos - Pernambuco

BLOG DO TECNÓLOGO: Entrevista com Tecnólogos - Pernambuco: 3ª Entrevista com Tecnólogos em Radiologia Por Mariana Duarte Nome: Edméa Gomes de Andrade Situação acadêmica...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rastreamento de células cancerosas

 



Médicos anunciaram a aplicação de um teste genético de amplo espectro que rastreia mutações em células cancerosas para ajudar a adequar o tratamento de pacientes com tumores malignos no pulmão. 

Usado em pacientes com câncer de pulmão do tipo não pequenas células (NSCLC), a técnica fez tanto sucesso que a equipe agora a adota para tratar tumores malignos colorretais, de mama e cérebro, além de avaliar sua aplicação na leucemia, afirmaram os especialistas no artigo, publicado na edição desta quarta-feira dos Anais de Oncologia, periódico científico europeu especializado em câncer. 

A meta é identificar mutações genéticas específicas que fazem com que as células se dividam e multipliquem de forma descontrolada.
O próximo passo é atacar estas mutações com "drogas inteligentes" que bloqueiam a enzima que possibilita a proliferação das células.
Medicamentos sob medida são considerados armas de precisão, pois rastreiam o tipo de célula maligna, ao contrário da quimioterapia, que atua mais como uma arma de caça. 

"Escolher o tratamento correto pode elevar as taxas de resposta [aos medicamentos] em pacientes com NSCLC de 20% a 30%, em média, para 60% a 75% e melhorar a sobrevivência", afirmou Lecia Sequist, da Escola Médica de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, que dirigiram a pesquisa. 

O teste, denominado SNaPshot, busca 50 áreas de mutação em 14 genes, conhecidos por desempenhar um papel em cânceres NSCLC.
A técnica, denominada reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla em inglês), leva em média menos de três semanas para obter resultado, ao fazer o rápido rastreamento de métodos tradicionais para amplificar e analisar amostras genéticas.
Os pesquisadores analisaram tecido retirado de 589 pacientes em um teste de 14 meses e encontraram uma ou mais mutações em pouco mais da metade das amostras. 

Dos 589 pacientes, houve 353 com câncer em estágio avançado. E em 170 destes, os médicos conseguiram identificar um ou mais genes problemáticos.
Esta descoberta abriu o caminho para que 78 pacientes recebessem tratamentos direcionados. 

Segundo Sequest, esta foi a primeira vez que uma rede ampla de genes defeituosos foi levantada para criar um genótipo ou perfil genético, para uso no tratamento do câncer.
"Nosso estudo é excitante porque demonstra que de fato é possível integrar, hoje, testes de biomarcadores genéticos múltiplos à atribulada prática clínica e levar aos pacientes terapias personalizadas", afirmou, em comunicado. 

A genotipia é uma ferramenta de rápido desenvolvimento na medicina preventiva, ajudando os médicos a identificar, por exemplo, as mulheres com risco de desenvolver câncer de mama.

Vacina contra tumores e lesões do HPV

 




Pesquisadores da USP desenvolveram uma vacina contra tumores e lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV.
O vírus é responsável por tumores de colo do útero, cabeça, pescoço, ânus e pênis.
Diferentemente das vacinas disponíveis hoje na rede privada, que impedem a infecção pelo vírus, a novidade seria indicada para quem já se infectou e desenvolveu alguma lesão.
A imunização induz as células de defesa a reconhecer lesões e tumores desenvolvidos a partir do HPV 16 e atacá-los. O tipo 16 do vírus é um dos que mais causam câncer.
O estudo foi apresentado ontem por Luís Carlos Ferreira, professor da USP e chefe do laboratório de desenvolvimento de vacinas da universidade, na 26ª reunião anual da Fesbe (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), que vai até amanhã, no Rio de Janeiro.
Os testes foram feitos em roedores, mas já há planos de realizar estudos clínicos em humanos daqui a um ano e meio, no HC de São Paulo. 

EFICÁCIA
 
Segundo Ferreira, a vacina é a mais eficaz do tipo já criada. "A vacina conseguiu reverter em 100% as lesões e os tumores com só uma dose."
Ele afirma que será possível produzir a vacina a um custo menor do que o da atual, que sai por R$ 900.
O pesquisador lembra que grande parte da população já teve contato com o vírus -estima-se que, até os 50 anos, 80% das mulheres serão infectadas por algum dos mais de cem tipos de HPV.
"Para muitas pessoas, uma vacina não preveniria mais contra infecções e seria mais eficiente se curasse lesões e câncer", afirma.
Cerca de 90% das lesões são eliminadas sem necessidade de intervenção, mas algumas delas levam ao câncer.
Para o câncer de colo do útero, o tratamento pode ser por cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação deles.
Ferreira diz que, no futuro, a imunização poderá se somar ao rol de tratamentos, especialmente nos casos mais avançados de tumor.
Max Mano, professor-assistente de oncologia da USP e médico do Icesp (Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira), diz acreditar que o desenvolvimento de vacinas contra o câncer causado por HPV é promissor.
"É uma questão de tempo para desenvolvermos tratamentos de câncer ao investigar o papel da imunidade nesse tipo de doença."
Mas ele afirma que muitas vacinas fracassaram nos últimos 30 anos. "O que funciona em animais pode não funcionar tão bem em humanos, porque nossa imunidade é mais complexa."

BLOG DO TECNÓLOGO: Entrevistas com Tecnólogos em Radiologia

BLOG DO TECNÓLOGO: Entrevistas com Tecnólogos em Radiologia: Atenção Tecnólogos ou futuros Tecnólogos em Radiologia! Por Mariana Duarte O Blog do Tecnólogo gostaria de realizar entrevist...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

II SIMPÓSIO DE RADIOLOGIA: MEDICINA NUCLEAR E SUAS PERSPECTIVAS


Estão abertas as inscrições para o II Simpósio de Radiologia com o tema Medicina Nuclear e suas perspectivas.  que acontecerá no dia 4 de novembro de 2011, das 9h30 ás 17:00, no Auditório do IFPE-Campus Recife

O evento tem como objetivo trazer ao público presente os novos caminhos que a Medicina Nuclear tem apresentado ao mercado de trabalho. Estarão presentes médicos, físicos, tecnólogo e estudantes de áreas afins. Para se inscrever, será preciso preencher a ficha de inscrição e enviá-la para o email datrifpe@gmail.com até o dia 21 de outubro. 
As vagas são limitadas!

PROGRAMAÇÃO


9:30 – 9:50

ABERTURA SOLENE


9:50 – 10:30

“MEDICINA NUCLEAR: DIAGNÓSTICO E TERAPIA”

PALESTRANTE:

LUCIANA RAPOSO ANDRADE - MÉDICA NUCLEAR



10:30 – 11:10

“GARANTIA DE QUALIDADE NO SERVIÇO DE MEDICINA NUCLEAR”

PALESTRANTE:

EVERTON RODRIGUES DA SILVA - SUPERVISOR DE RADIOPROTEÇÃO



11:10 – 11:50

“RADIOPROTEÇÃO NA IODOTERAPIA”

PALESTRANTE:

ANDRÉ LUIZ TEIXEIRA DE FRANÇA - FÍSICO MÉDICO



11:50 – 14:00

ALMOÇO



14:00 – 14:40

”APLICAÇÕES CLÍNICAS DO SPECT CARDÍACO”

PALESTRANTE: 
SIMONE CRISTINA SOARES BRANDÃO - MÉDICA NUCLEAR



14:40 – 15:20

“O PAPEL DO TECNÓLOGO NO PET/CT”

PALESTRANTE:

JAMILLE ALMEIDA LOPES TAVARES - TECNÓLOGA EM RADIOLOGIA



15:20 – 16:00

“NOVOS HORIZONTES EM MEDICINA NUCLEAR”

PALESTRANTE:

ANTONIO KONRADO DE SANTANA BARBOSA -  TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA



16:00 – 17:00

ENTREGA DOS CERTIFICADOS

COFFEE BREAK

A ficha de inscrição pode ser solicitada através do email  datrifpe@gmail.com

Cada participante do evento poderá doar dois saquinhos de leite em pó para a Associação Filantrópica Nossa Senhora de Lourdes. No dia do evento, estaremos recebendo as doações. Traga a sua!


Patrocínio:


















quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Novos agentes de contraste na IRM







A ressonância magnética ( MRI ) é primariamente uma imagem médica técnica que é utilizada para visualizar diferentes tecidos moles dentro do corpo.
No campo da terapia do câncer, um agente de contraste é usado frequentemente para ajudar a identificar a localização exata das células tumorais. Conforme relatado no European Journal of Organic Chemistry, uma equipe liderada por Carlos Platas-Iglesias e Teresa Rodríguez-Blas da Universidade da Coruña, recentemente elaborou um novo conjunto de receptores que podem ser úteis no projeto de específicos agentes de contraste para a reconhecimento de certos compostos na superfície de células tumorais. 

Específicos agentes de contraste que são capazes de informar sobre seus ambientes biológicos através de processos de reconhecimento molecular é altamente desejado. Um específico agente de contraste poderia aproveitar esses processos para responder a certos grupos funcionais que podem ser encontrados em abundância no tecido doente. Ácido siálico, por exemplo, é considerado um marcador tumoral, porque ele é conhecido por ser super-expressa na superfície das células tumorais. Um agente de contraste específico para o ácido siálico deve ligar seletivamente com o ácido em detrimento de outros resíduos de açúcar e sacarídeos, como a glicose e a frutose, que ocorrem em concentrações relativamente elevadas no sangue. 

Platas-Iglesias e Rodríguez-Blas fundamentado que um adequado receptor para o reconhecimento de ácido siálico pode basear-se em unidades (tio) uréia contendo funções ácido borónico, como essas duas funcionalidades mostram a promessa como metades reconhecimento. (Thio) à base de uréia receptores podem estabelecer interações fortes com ânions, tais como carboxilatos, que estão presentes no ácido siálico, e ácidos borónico são capazes de formar complexos reversíveis com 1, 2 - e 1, 3-diol unidades presentes em sacarídeos. 

Para testar seus receptores, os autores monitoraram seu vinculativo para Neu5Ac, que é o membro mais comum da família de ácido siálico, que também desempenha um papel importante nos processos de reconhecimento celular. Os receptores foram encontrados para ligar Neu5Ac, e mais importante, há interação muito mais fraca entre os receptores e outros sacarídeos estudados. A seletividade foi encontrado pode ocorrer ligando duas site-cooperativa de Neu5Ac através de interação na função ácido borónico do receptor e  interação entre a molécula de tiouréia e do grupo carboxilato de Neu5Ac. 

O conjunto de receptores foram assim mostrado para interagir seletivamente com metas sobre-expressa na superfície das células cancerosas, o que os torna  promissor para a concepção de específicos agentes de contraste para ressonância magnética de tumores.

 Fonte: European Journal of Organic Chemistry 

Agora é Smartphone como Medidor de Radiação





O smartphone do momento pode fazer muitas coisas mas não tudo. Temos agora um papel mais relevante para a medição da radioatividade e outros tipos de radiação. A empresa japonesa NTT DoCoMo está trabalhando agora neste papel.
É claro, essa idéia surgiu como uma solução para prevenir desastres, por exemplo o que aconteceu em Fukushima meses atrás, e prevenir riscos à saúde também. O dispositivo é equipado com uma tampa que funciona como um sensor, e transforma o smartphone em um dosímetro. Dieferentes trabalha não só com a radiação, mas também tem dois fucniones mais, como a quantidade de álcool no corpo ou a respiração, e medir a massa muscular e gordura corporal. 

Está previsto para ser apresentado em outubro na Exposição de Alta Tecnologia (CEATEC) , que é o equivalente japonês do Internacional American Consumer Electronics Show (CES) . Alguns podem achar interessante a forma como o mau hálito e medições da gordura corporal, mas na realidade o ponto que torna interessante é a medição de radioatividade.

Congresso da ISMRM




Para mais informações:

http://www.ismrm.org/12/

terça-feira, 23 de agosto de 2011

PET/3D-FOT= PET acoplado à uma tomografia óptica de fluorescência 3D

 O artigo publicado esse mês no Jornal de Medicina Nuclear, apresenta resultados promissores na combinação do PET com a fluorescência óptica tomografia (TOF). Essa união trará características únicas e atraentes para em aplicações da imagem molecular vivo.
 
Algumas alterações no modelo atual serão realizadas com a finalidade de reduzir a atenuação dos fótons e espalhamento no PET. Entretanto, o estudo conclui a possibilidade de aplicação das duas modalidades conjuntas e a perspectiva da combinação com sondas para a multimodalidade de imagens e pares complementares de radiotraçadores.
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

NOVO CAMINHO:TRATAMENTO QUE BLOQUEIA A METÁSTASE






Os pesquisadores, do Institute of Cancer Research, em Londres, Inglaterra, dizem ter identificado uma proteína conhecida como JAK que ajuda as células cancerosas a gerar força necessária para o alastramento.

Em artigo publicado na revista Cancer Cell, a equipe diz que as células se contraem como músculos para gerar a energia que permitirá que se movam, forçando seu caminho pelo organismo.
Quando um câncer se espalha - um processo conhecido como metástase - ele se torna mais difícil de tratar, já que tumores secundários tendem a ser mais agressivos.
Estima-se que 90% das mortes provocadas pelo câncer ocorram após a metástase - o que torna imperativo que o processo de alastramento da doença seja controlado.

A proteína JAK
Após estudar substâncias químicas envolvidas no processo de alastramento das células em melanomas - câncer de pele -, a equipe concluiu que as células cancerosas se alastram de duas formas.
Elas podem forçar sua passagem para fora de um tumor ou o próprio tumor forma corredores por meio dos quais as células podem escapar.
O líder do estudo, Chris Marshall, disse que ambos os processos são controlados pela mesma substância.
"Existe um padrão comum de uso da força gerada pelo mesmo mecanismo, uma mesma molécula, chamada JAK", ele disse.
A proteína JAK já é conhecida por especialistas que estudam o câncer. Ela já foi, por exemplo, associada à leucemia. Por conta disso, já há drogas sendo desenvolvidas para atuar sobre ela.
"Nosso novo estudo sugere que essas drogas possam, talvez, interromper também o alastramento do câncer", disse Marshall.
"O teste vai ser quando começarmos a ver se qualquer desses agentes vai impedir o alastramento. Estamos pensando em (realizar) testes clínicos nos próximos anos", acrescentou.

Desafio
Uma representante da entidade de fomento a pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK disse que o grande desafio no tratamento da doença é impedir o alastramento pelo corpo e manter o câncer que já se alastrou sob controle.
A representante, Lesley Walker, disse: "Descobrir como as células cancerosas podem abrir passagem pelos tecidos, saindo dos tumores primários e se espalhando por outras áreas, dá aos cientistas uma melhor compreensão a respeito de formas de parar o alastramento".

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Agora é RM e US




Um novo equipamento começou há um mês a ser usado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), de forma experimental, para combater miomas (tumores benignos) e metástases ósseas. O Hifu, sigla de high intense focus ultrassound, é um aparelho de ultrassonografia acoplado a um aparelho de ressonância magnética que, depois de mapear o corpo do paciente e localizar o tumor com exatidão, aplica ondas de alta intensidade que atingem só a área lesionada, não provocando danos ao redor. O tratamento dura de três a quatro horas e dispensa anestesia ou incisões.

Por enquanto, apenas pacientes selecionados estão tendo acesso ao tratamento, que deve abrir caminho para a pesquisa na área no país, já que o Icesp é o primeiro hospital público a ter acesso ao equipamento que custa R$ 1,5 milhão. O diretor da Radiologia do Icesp, Marcos Roberto de Menezes, explicou que o ultrassom libera uma energia 20 mil vezes mais intensa do que a usada para diagnósticos. “Com isso, tenho a possibilidade de direcionar essa energia a um ponto, apenas guiado pela ressonância. Quando a energia chega no tecido, ela aquece e eleva a temperatura do tecido até 80 graus centígrados, o que leva à destruição dele”.

Menezes disse que o paciente submetido ao tratamento vai para casa no mesmo dia, com recuperação praticamente instantânea e com possibilidade de retomar as atividades normais.
No caso da metástase óssea, o paciente frequentemente sente dores que afetam a qualidade de vida. “A ideia, nesse caso, é retirar a dor desse paciente. Frequentemente, cessa-se a dor imediatamente depois do tratamento”. No caso do mioma, o tumor é queimado e eliminado pelo organismo.

A dona de casa Ana Maria Alho Arruda, 52 anos, foi uma das seis mulheres que tiveram o mioma eliminado pelo Hifu. Ela conviveu com o problema durante um ano e meio, sofrendo com dores e hemorragias. “Eu entrei na máquina como se fosse fazer um exame de ressonância. Me deram uma leve sedação, mas fiquei consciente. Senti dores semelhantes a cólicas, mas suportáveis. Depois de três horas, saí normalmente, esperei uma hora e meia para a recuperação e fui para casa andando. Hoje levo uma vida normal, curada do mioma”.

Ainda não há previsão para incorporar de maneira ampla a nova tecnologia ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Além de ser uma tecnologia de alto custo, ela é de alta complexidade, exige capacitação de pessoas, treinamento. Isso é só um início de uma tecnologia que promete abrir novas fronteiras de possibilidades terapêuticas”, ressaltou o diretor do hospital.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É possível cortar energia das células cancerígenas? Pesquisa diz que sim!




Uma equipe de pesquisadores na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA, identificou um composto que priva certas células cancerígenas de glicose, sua fonte de energia, informou nesta quarta-feira a revista "Science Translational Medicine".

A quimioterapia pode ser dolorosa para os pacientes com câncer, em parte porque os compostos utilizados não distinguem entre o que é tecido cancerígeno e o que não é. Os compostos químicos atacam todas as células que se dividem e multiplicam rapidamente, tanto as do câncer como as do sangue e as que fazem crescer o cabelo. 

"Nosso estudo demonstra a possibilidade de inibir seletivamente a capacidade das células cancerígenas de produzir glicose, e essa é uma forma muito potente de matar essas células", disse o autor principal do estudo, Amato Giaccia, professor e diretor de Oncologia em Stanford.

Os pesquisadores centraram seu estudo na forma mais comum de câncer de rim nos adultos, o carcinoma de célula renal, que representa quase 2% de todos os cânceres nos Estados Unidos, segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças.

Esse câncer resiste às quimioterapias típicas e frequentemente é preciso retirar o rim afetado dos pacientes. Quase 90% destes cânceres são portadores de uma mutação genética que causa um crescimento celular descontrolado.

"A maioria dos tecidos normais no corpo não possui esta mutação, de modo que um composto que aponta a esse ponto vulnerável seria muito específico para as células do câncer", assinalou Giaccia.

Com a ajuda do Centro de Alto Rendimento em Biociências de Stanford, a equipe provou mais de 64 mil compostos químicos sintéticos nas células do tumor que têm essa mutação e observou indícios da morte das células.

A análise resultou em dois compostos candidatos, um deles identificado como STF-62247 por Giaccia em 2008, passou agora às provas preclínicas.

O outro, denominado STF-31 e que se refere ao estudo atual, mata as células de uma maneira diferente, de modo que uma combinação dos dois compostos permitiria um ataque de vários pontos.

A maioria dos carcinomas de célula renal produz energia mediante um processo bioquímico chamado glicolise aeróbica, algo que as células saudáveis não requerem. O processo depende da capacidade da célula para produzir glicose a partir de seu ambiente.

As células que os cientistas analisaram dependem altamente do transporte de glicose para a produção de energia e o composto as priva dela.

Os carcinomas de célula renal não são os únicos cânceres que devoram glicose e muitos cânceres aceleram seu consumo deste elemento, um feito com que os médicos aproveitam para observar e vigiar o câncer em pacientes vivos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

TECNÓLOGOS: PROFISSIONAIS DO SÉCULO XXI





Na manhã de ontem (1/6), o tema que reiniciou os trabalhos do Seminário Internacional Cursos Superiores de Tecnologia: Educação e o Mundo do Trabalho, organizado pelo Ministério da Educação, foi: “O Tecnólogo e o Mundo do Trabalho”. Para coordenar as discussões, foi convidado o presidente da Associação Nacional dos Tecnólogos (ANT), Jorge Guaracy. Como debatedores, o superintendente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Alceu Fernandes Molina Júnior, e o tecnólogo formado pelo Instituto Federal Fluminense, Rafael Manhões Monnerat.

Conhecimento aprofundado garante inserção no mercado de trabalho

Iniciando as discussões, Jorge Guaracy afirmou que a característica essencial do tecnólogo é o estreitamento com o mercado de trabalho. “O tecnólogo já é um profissional do século XXI. Apesar de ter sido criado no século passado, é uma característica desse profissional estar sempre atualizado”. Segundo ele, esse atributo garante empregabilidade de cerca de 80% a 90%.

Para o presidente da ANT, o volume de conhecimento da atualidade é extremamente grande e não tem como uma pessoa saber de tudo. Assim, o diferencial de um profissional que cursa o nível superior em tecnologia é o conhecimento aprofundado em determinado assunto. “O que importa não é o tempo da graduação, mas o que foi visto, quais as competências adquiridas, qual o projeto pedagógico adotado e isso ainda gera certa perplexidade em outros profissionais”, ressalta.

“Estamos caminhando num processo muito acelerado para inserção na economia mundial e hoje discutimos o apagão na engenharia, ou seja, temos de importar mão de obra porque não temos capacidade de formar. Nesse cenário, a necessidade de formação de mão de obra é patente”. Para ele, com base nas estatísticas dos países desenvolvidos, são necessários de 5 a 6 tecnólogos por engenheiro. “É uma receita de desenvolvimento razoável”, afirma.
Nesse contexto, Guaracy ressalta a necessidade de regulamentação da profissão (por meio da aprovação do Projeto de Lei nº 2.245/07) como forma de valorizar e reconhecer a profissão e romper o preconceito ainda existente na sociedade.

O perfil profissional e a expansão do mercado

Alceu Molina traçou um panorama histórico sobre a profissão dos tecnólogos. Segundo ele, o perfil clássico de quem procurava os cursos de tecnologia era alguém que já estava no mercado de trabalho e buscava agregar conhecimento específico sobre aquilo que já exercia. “Em regra, esse profissional tinha entre 25 e 30 anos e não possuíam curso superior”, explica.

“Essa situação, eu reputo, é coisa do passado”, afirmou Molina. De acordo com ele, o avanço da internet e a velocidade de difusão do conhecimento concorreram para essa mudança. Ele explicou que as décadas de 70 a 90 foram anos difíceis para a prosperidade das questões de tecnologia devido ao período de endividamento interno e externo. “Hoje o mercado voltou a bater na porta e percebemos que algumas áreas têm sido bastante demandadas, como a ambiental, a hidráulica, a silvicultura, entre outras”, disse.

Molina afirma que o mercado do profissional, seja de nível médio, de tecnólogos ou de bacharéis existe de fato, mas que no Brasil ainda sofre algumas dificuldades. “As escolas precisam conseguir dialogar com seus alunos. Quando eles chegam ao mercado, entendemos que ainda restam alguns resquícios do mercado achatado que nós tínhamos, com técnicos atuando como tecnólogos, tecnólogos atuando como engenheiros, engenheiros atuando como tecnólogos e assim por diante”. Em sua opinião, isso não pode acontecer. Para ele, deve-se tomar cuidado para não ultrapassar os limites da flexibilidade existente sob pena de criar conflitos com outras áreas. Ao contrário, deve haver uma complementação de esforços, com cada profissional atuando em sua área específica.

Molina conta que o período de 2004 a 2006 foi a volta por cima dos tecnólogos, com mais de 3.500 cursos de tecnologia. “Hoje não são mais aqueles que já atuam no mercado que buscam os cursos de tecnologia. É comum perceber claramente os jovens buscarem os cursos de tecnólogos, talvez, até pela busca de uma resposta mais rápida”. Segundo pesquisa apresentada por Molina, 16% das pessoas que procuram os cursos superiores de tecnologia atualmente estão inseridos na faixa etária de 16 a 20 anos; sendo que 51,2% tem menos de 25 anos. Outro fato destacado foi a crescente participação das mulheres nesses cursos: 51,8%.

Apresentando as ameaças e as oportunidades do mercado de trabalho para os tecnólogos, Molina afirmou que o Brasil começa a se movimentar nessa área. “Cursos superiores de curta duração representam mais de 50% dos alunos matriculados nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, esse número não ultrapassa os 8%, ou seja, tem um campo muito vasto e propício para expansão”, destacou.
Por último, ele ressaltou que os cursos de graduação tecnológica não substituem o bacharelado. “São focos eminentemente distintos e que se complementam”. Entretanto, salientou uma dificuldade na análise de processos nos Conselhos em relação aos currículos oferecidos pelas instituições de ensino. Disse que, muitas vezes, surgem casos de cursos que parecem mais um ‘minibacharelado’. “Isso é um problema porque gera confusão tanto para o profissional quanto para o mercado, pois há uma perda do foco dos cursos de tecnologia em determinado assunto”. Segundo ele, dos, aproximadamente, 850 mil profissionais registrados no Sistema Confea/Crea, 15 mil são tecnólogos.

Por último, Alceu lembrou da Cartilha do Tecnólogo, elaborada por meio de parceria Confea/ANT. Recém-lançada, seu objetivo é  dar conhecimento à sociedade sobre as atribuições dos tecnólogos, apresentando o caráter e a identidade da profissão, abordando as questões do exercício profissional e explicitando as resoluções do Confea que disciplinam as atividades dos tecnólogos.

Tecnologia: uma porta de entrada para o mercado de trabalho

Rafael Manhões apresentou sua experiência como tecnólogo quanto à inserção no mercado de trabalho, no campo da informática. Na época de sua graduação, optou pelo curso de tecnologia por acreditar que a diferença de um ou dois anos a menos de graduação poderia ser compensada pela possibilidade maior de adquirir experiência profissional.

Em sua opinião, apesar de os tecnólogos muitas vezes não terem a mesma visibilidade dos bacharéis e de a formação tecnológica ser bastante específica, o profissional não fica limitado a atuar naquela área pelo resto da vida. “É uma porta de entrada para o mercado de trabalho. A empresa, visualizando necessidades de adequação, com certeza, oferecerá novos treinamentos para adaptar o profissional às novas demandas”, conta.

“Fico muito feliz de que estejam sendo criados cursos de tecnologia em todo o país. Os tecnólogos são profissionais flexíveis do ponto de vista de aprendizagem e que olham para o mercado para se aperfeiçoarem”, conclui.

Fonte: CONFEA

terça-feira, 28 de junho de 2011

PET/RM Já é aprovado pelo FDA






O U.S. Food and Drug Administration aprovou o Sistema de Ressonancia Biograph mMR (Siemens* )para uso nos EUA. É o primeiro equipamento aprovado que utiliza simultaneamente o “Positron Emission Tomography” (PET) e ressonância magnética (MRI) scan nos EUA.

PET/computer tomography (CT) scanners são bem conhecidos. Mas, segundo o FDA, o novo equipamento oferece vantagens em relação ao PET CT, incluindo “imagiamento simultâneo, redução do uso de radiação ionizante e incremento de contraste na avaliação de tecidos moles”.

"O Siemens PET/MRI system permitiu que as duas modalidades de obtenção de imagens fossem realizadas simultaneamente , sem deslocamento do paciente” disse o Dr. Alberto Gutierrez, Ph.D., diretor da Office of In Vitro Diagnostic Device Evaluation e Safety no FDA's Center for Devices and Radiological Health. "A minimização de alterações de posição do paciente possibilita ao médico maior facilidade na comparação das imagens obtidas e auxilia na obtenção de informação com maior acurácia possível".

Este equipamento foi aprovado recentemente para venda na Europa.

Similarmente ao PET/CT,o Biograph mMR usa PET para observar orgãos e partes moles ,porém com a maior acurácia da ressonância, o que possibilita ao medico a obtenção de maior numero de informações sobre as condições do paciente, observaram os técnicos do FDA. A agência adicionalmente informou que a não utilização de radiação ionizante pela Ressonância Magnética do Biograph System reduz significantemente as doses de exposição às quais o paciente é exposto. Esse uso decrescente de radiação é especialmente significante para determinados segmentos da população como crianças e pacientes que necessitam de avaliações sucessivas, continua o FDA.

O FDA avaliou o Sistema de PET RM da Siemens baseado comparativamente a equipamentos de PET/CT machine. O Biograph mMR system é indicado para qualquer paciente que necessita um diagnostico com imagens obtidas através do PET ou RM, apesar dos pacientes portadores de marca-passo , desfibriladores e outros implantes eletrônicos terem contra indicação para o exame , a não ser que tenham sido instalados já de forma preparada a manter seu uso sob ambiente de fortes campos magnéticos.


Fonte: FDA

domingo, 19 de junho de 2011

RECICLAGEM NUCLEAR








Os físicos nucleares William H. Hannum, Gerald E. Marsh e George S. Stanford, em artigo publicado na Scientific American Brasil de março, sustentam a tese de que a energia nuclear pode ser sustentável e praticamente inesgotável, além de operar sem contribuir para a mudança climática do planeta e para o acúmulo de lixo nuclear perigoso.
Para tanto, apóiam-se em duas inovações tecnológicas, ainda em teste: o processamento pirometalúrgico (método de alta temperatura para obter combustível a partir da reciclagem do lixo do reator) e reatores modernos de nêutrons rápidos, capazes de queimar esse combustível. 
Os reatores de nêutrons rápidos extrairiam muito mais energia de combustível reaproveitado em usinas, minimizariam os riscos da proliferação de armas atômicas e reduziriam o tempo que os dejetos precisam ser mantidos em isolamento (de dezenas de milhares de anos, para poucas centenas).
Desse modo, segundo os autores, a energia nuclear seria o modo “mais amigável” ao ambiente de gerar grandes quantidades de eletricidade.

Medicina Nuclear: Novos Horizontes no Brasil






O Brasil precisa desenvolver sua própria tecnologia de energia nuclear para aplicar em uso pacifico, como em Medicina Nuclear. Daí a necessidade de um reator Multipropósito que tornará o país autossuficiente na produção de radioisótopos, usados no diagnostico e tratamento de diversas doenças.

O reator dará a sustentação necessária para que a Medicina Nuclear possa, de fato se desenvolver no País. Os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material radioativo.

Por ano, no Brasil, são realizados cerca de 3,5 milhões de procedimentos de Medicina Nuclear, mais a utilização per capita é baixa. Além disso, há um desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do País. É preciso torná-los acessíveis a todos.

A decisão de construir o Reator Multiproposito Brasileiro (RMB) foi confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, em 31 de Janeiro de 2011, durante visita a Argentina, quando assinou acordo binacional nesse sentido. Recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falou publicamente da construção do reator com foco na produção de radioisótopos.

O fornecimento do principal insumo- molibdênio-99 - é feito totalmente por importação e chegou a ser interrompido em 2009, sendo este fornecimento inseguro e caro. Além disso, o RMB poderá ser utilizado em pesquises em áreas estratégicas, como o teste de componentes do submarino nuclear e de usinas nucleares, ou seja, peça fundamental para o sucesso do Programa Nuclear Brasileiro, com a nobre finalidade imediata de promover o desenvolvimento e a autossuficiência da Medicina Nuclear. 

A construção do reator tem um custo estimado de R$ 850 milhões. A liberação de R$ 50 milhões, para o projeto básico, foi aprovada pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

A Medicina Nuclear representa, financeiramente, parte pequena de o Programa Nuclear, porém é talvez o componente mais nobre, já que favorece o diagnóstico e o tratamento de inúmeras doenças. Ao mesmo tempo, é uma especialidade que tem tido grande exposição na mídia, principalmente devido ao seu uso no tratamento. De membros do mais elevado escalão do governo brasileiro.

Atualmente, cerca de 70 % dos procedimentos da Medicina Nuclear são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e essa proporção deveria aumentar. “temos que lutar por esse aumento, mas não só isto”, afirma o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular.

Na opinião do médico “é fundamental iniciar uma nova fase de crescimento de especialidade”. Segundo o Dr. Dario “devemos estimular a produção nacional de novos radiofármacos”. Na opinião do médico “novas pesquisas e investimentos nesta área nos tornarão independentes da importação ou da replicação de produtos importados;além disso precisamos criar radiofármacos apropriados às doenças e às características de nossa população”.

O governo planeja investir em estrutura e equipamentos para produzir materiais radioativos. Mas devem investir também no material humano que proporcionará que todo esse investimento se reverta em beneficio à população. Com uma pequena fração do valor investido no reator, o governo precisa estimular a criação de serviços de Medicina Nuclear e Radiofarmacia de ponta em todas as universidades brasileiras.

É preciso que os pesquisadores disponham dessa ferramenta para produzirem produções para os problemas da população e não apenas copiarem radiofármacos para a população do primeiro mundo.

Fonte: Assessoria de Imprensa
: Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular ( SBBMN)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mammi - Mamografia sem compressão da mama

Câncer de mama: criado por espanhóis, o Mammi poderá detectar o tumor antes mesmo que a primeira lesão seja formada 



Um novo exame de tomografia específico para a detecção do câncer de mama, especialmente em estágio inicial, foi apresentado por pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha. Além de propiciar maior conforto à mulher, uma vez que o dispositivo não comprime as mamas, como no exame tradicional, o novo aparelho possibilita os mais altos índices de sensibilidade e a melhor resolução de imagem disponível no mercado, já que usa técnica de tomografia por emissão de pósitrons (partículas positivas de um átomo) – as atuais mamografias são feitas com raio-X das glândulas mamárias.
Chamado Mammi (mamografia por imagem molecular, na sigla em inglês), o aparelho está instalado no Instituto Nacional do Câncer de Amsterdã, na Holanda. A maior inovação está na maneira como a imagem da mama é captada. A paciente fica deitada de bruços sobre uma mesa especial, com o seio encaixado em uma cavidade especialmente projetada para esse fim. Ao lado da maca, é posicionado um carrinho incorporado ao sistema de detecção de imagem, que é feito com sensores de raios gama.
A imagem é obtida, então, sem a compressão dos seios, graças ao detector em formato de anel que circula a abertura da cavidade onde está a mama. “O aparelho melhora significativamente a visualização e o diagnóstico, porque, às vezes, tumores estão bem próximos à base do músculo peitoral”, diz José María Benlloch, coordenador do estudo e diretor do Instituto de Instrumentação de Imagem Molecular da Espanha.
Com a nova técnica, os cientistas esperam antecipar em um ou dois anos os tratamentos para o câncer de mama. Isso porque, enquanto os procedimentos atuais conseguem detectar apenas as lesões já visíveis, o Mammi irá medir a atividade metabólica do futuro tumor e sinalizar o começo da formação da doença.
As células cancerígenas, identificadas devido a seu alto consumo de glicose, poderão, assim, ser detectadas antes mesmo da formação da primeira lesão. O diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade pela doença em até 29%.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

NOVOS HORIZONTES EM ONCOLOGIA




Diante de uma tecnologia inovadora, a Medicina tem se sofisticado paralelamente a essa tecnologia, trazendo horizontes nunca antes vistos, que em um futuro cada vez mais próximo, farão parte do grupo de exames dos quais são mais acessíveis á população.
Experiências recentes e aprovadas no exterior mostram que vacinas, além de prevenir o câncer induzido por vírus, podem ser eficazes no tratamento da doença já estabelecida e avançada.
Há duas maneiras de combater o câncer com vacinas. A primeira é por meio da vacinação contra certas infecções virais que podem levar ao surgimento de câncer, como as vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, que são responsáveis pelo surgimento do câncer de colo de útero e de fígado.
O desenvolvimento de vacinas para combater tumores malignos estabelecidos pretende estimular as defesas do corpo a atacar a doença já instalada, diferente daquela vacina feita para prevenir doenças.
Em abril desse ano, o órgão de controle de medicamentos, o FDA, liberou a vacina sipuleucel-T, para tratamento de câncer de próstata que já apresenta metástase e é resistente a terapia convencional.
Um estudo clínico já publicado mostra que, embora não tenha evitado a progressão da doença, o grupo de pacientes que recebeu a vacina obteve uma sobrevida quatro meses superior que a do grupo que não recebeu.
Os estudos em andamento, especialmente para tumores de maior prevalência, como mama, pulmão e melanoma, apontam para vacinas individualizadas.
Diante disso, as vacinas devem ajudar a diminuir a mortalidade de câncer nos próximos anos.
                        
Ainda mais: Cientistas descobriram que o câncer, além de estimular a multiplicação de vasos sanguíneos já existentes, dispõe de um mecanismo próprio de vascularização.
Dois artigos publicados na última edição da revista científica Nature por pesquisadores, respondem o motivo pelo qual o Avastin, remédio que interrompe a ação da proteína essencial para o crescimento e a proliferação do câncer, não está fazendo os  efeito esperados nos pacientes.
Sete de cada dez pacientes, por exemplo, não estavam respondendo satisfatoriamente ao Avastin.
Foi descoberto pelos pesquisadores que a célula cancerígena, além de estimular a angiogênese, promove a formação de uma rede própria de alimentação. A maior parte da sua vascularização vem da transformação das células-tronco do próprio tumor em vasos sanguíneos. Assim, conclui-se que o Avastin consegue atuar bloqueando os vasos já existentes, não os novos vasos criados a  partir de células-tronco do próprio tumor.
Esses pesquisadores também investigaram marcadores biológicos encontrados tanto nas células tumorais quanto nas células da rede capilar de alimentação do câncer, e que não são vistos em tecidos saudáveis no organismo. Dessa forma, foi comprovado que parte da rede de vascularização no tumor, é originado no próprio tumor. Isso confirma as pesquisas, como também abrem novas pesquisas que visem á criação de remédios que ataquem esses novos vasos sanguíneos.
Nas figuras abaixo, mostra o processo da angiogênese e a vascularização do próprio tumor.





O uso da nanotecnologia também não pode ser deixado de falar, já que a idéia é atacar o tumor sem atingir os tecidos saudáveis, um enigma para pesquisadores. Partindo desse princípio, pesquisadores trabalham com nanopartículas de ferro para queimar células tumorais. Elas são acopladas a anticorpos ou células-tronco que localizem o tumor. Quando encontram o tumor, um equipamento externo aquece essas nanopartículas e o tumor é derretido. Os testes ainda são feitos em animais com resultados positivos.