sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mammi - Mamografia sem compressão da mama

Câncer de mama: criado por espanhóis, o Mammi poderá detectar o tumor antes mesmo que a primeira lesão seja formada 



Um novo exame de tomografia específico para a detecção do câncer de mama, especialmente em estágio inicial, foi apresentado por pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha. Além de propiciar maior conforto à mulher, uma vez que o dispositivo não comprime as mamas, como no exame tradicional, o novo aparelho possibilita os mais altos índices de sensibilidade e a melhor resolução de imagem disponível no mercado, já que usa técnica de tomografia por emissão de pósitrons (partículas positivas de um átomo) – as atuais mamografias são feitas com raio-X das glândulas mamárias.
Chamado Mammi (mamografia por imagem molecular, na sigla em inglês), o aparelho está instalado no Instituto Nacional do Câncer de Amsterdã, na Holanda. A maior inovação está na maneira como a imagem da mama é captada. A paciente fica deitada de bruços sobre uma mesa especial, com o seio encaixado em uma cavidade especialmente projetada para esse fim. Ao lado da maca, é posicionado um carrinho incorporado ao sistema de detecção de imagem, que é feito com sensores de raios gama.
A imagem é obtida, então, sem a compressão dos seios, graças ao detector em formato de anel que circula a abertura da cavidade onde está a mama. “O aparelho melhora significativamente a visualização e o diagnóstico, porque, às vezes, tumores estão bem próximos à base do músculo peitoral”, diz José María Benlloch, coordenador do estudo e diretor do Instituto de Instrumentação de Imagem Molecular da Espanha.
Com a nova técnica, os cientistas esperam antecipar em um ou dois anos os tratamentos para o câncer de mama. Isso porque, enquanto os procedimentos atuais conseguem detectar apenas as lesões já visíveis, o Mammi irá medir a atividade metabólica do futuro tumor e sinalizar o começo da formação da doença.
As células cancerígenas, identificadas devido a seu alto consumo de glicose, poderão, assim, ser detectadas antes mesmo da formação da primeira lesão. O diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade pela doença em até 29%.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

NOVOS HORIZONTES EM ONCOLOGIA




Diante de uma tecnologia inovadora, a Medicina tem se sofisticado paralelamente a essa tecnologia, trazendo horizontes nunca antes vistos, que em um futuro cada vez mais próximo, farão parte do grupo de exames dos quais são mais acessíveis á população.
Experiências recentes e aprovadas no exterior mostram que vacinas, além de prevenir o câncer induzido por vírus, podem ser eficazes no tratamento da doença já estabelecida e avançada.
Há duas maneiras de combater o câncer com vacinas. A primeira é por meio da vacinação contra certas infecções virais que podem levar ao surgimento de câncer, como as vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, que são responsáveis pelo surgimento do câncer de colo de útero e de fígado.
O desenvolvimento de vacinas para combater tumores malignos estabelecidos pretende estimular as defesas do corpo a atacar a doença já instalada, diferente daquela vacina feita para prevenir doenças.
Em abril desse ano, o órgão de controle de medicamentos, o FDA, liberou a vacina sipuleucel-T, para tratamento de câncer de próstata que já apresenta metástase e é resistente a terapia convencional.
Um estudo clínico já publicado mostra que, embora não tenha evitado a progressão da doença, o grupo de pacientes que recebeu a vacina obteve uma sobrevida quatro meses superior que a do grupo que não recebeu.
Os estudos em andamento, especialmente para tumores de maior prevalência, como mama, pulmão e melanoma, apontam para vacinas individualizadas.
Diante disso, as vacinas devem ajudar a diminuir a mortalidade de câncer nos próximos anos.
                        
Ainda mais: Cientistas descobriram que o câncer, além de estimular a multiplicação de vasos sanguíneos já existentes, dispõe de um mecanismo próprio de vascularização.
Dois artigos publicados na última edição da revista científica Nature por pesquisadores, respondem o motivo pelo qual o Avastin, remédio que interrompe a ação da proteína essencial para o crescimento e a proliferação do câncer, não está fazendo os  efeito esperados nos pacientes.
Sete de cada dez pacientes, por exemplo, não estavam respondendo satisfatoriamente ao Avastin.
Foi descoberto pelos pesquisadores que a célula cancerígena, além de estimular a angiogênese, promove a formação de uma rede própria de alimentação. A maior parte da sua vascularização vem da transformação das células-tronco do próprio tumor em vasos sanguíneos. Assim, conclui-se que o Avastin consegue atuar bloqueando os vasos já existentes, não os novos vasos criados a  partir de células-tronco do próprio tumor.
Esses pesquisadores também investigaram marcadores biológicos encontrados tanto nas células tumorais quanto nas células da rede capilar de alimentação do câncer, e que não são vistos em tecidos saudáveis no organismo. Dessa forma, foi comprovado que parte da rede de vascularização no tumor, é originado no próprio tumor. Isso confirma as pesquisas, como também abrem novas pesquisas que visem á criação de remédios que ataquem esses novos vasos sanguíneos.
Nas figuras abaixo, mostra o processo da angiogênese e a vascularização do próprio tumor.





O uso da nanotecnologia também não pode ser deixado de falar, já que a idéia é atacar o tumor sem atingir os tecidos saudáveis, um enigma para pesquisadores. Partindo desse princípio, pesquisadores trabalham com nanopartículas de ferro para queimar células tumorais. Elas são acopladas a anticorpos ou células-tronco que localizem o tumor. Quando encontram o tumor, um equipamento externo aquece essas nanopartículas e o tumor é derretido. Os testes ainda são feitos em animais com resultados positivos.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estudantes apresentam 59 sugestões de emendas ao Plano Nacional de Educação


Estudantes da UNE, União Nacional dos Estudantes, e da Ubes, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, vieram à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira apresentar 59 sugestões de emendas ao Plano Nacional de Educação 2011-2020, que está em discussão na Casa.

As propostas dos estudantes foram entregues aos deputados da Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial que debate o Plano Nacional de Educação, e também para o presidente da Câmara, deputado Marco Maia. Para o presidente da Ubes, Yan Evanovick, a principal sugestão das entidades estudantis é a que aumenta a obrigação de investimento na educação.

"Pra construir mais escolas, pra qualificar professor, pra estruturar as escolas, pra dar uma melhor remuneração para os profissionais da educação isso perpassa fundalmentalmente pela quantidade de recursos que a educação tem. Hoje o Brasil investe menos de 5% do seu PIB em educação, e nós achamos que existe a necessidade de investir mais. A gente defende que seja 10%."

Esses 10% do PIB, Produto Interno Bruto, ou seja, de todas as riquezas produzidas pelo país, representam cerca de R$ 367 bilhões ao ano a serem investidos na educação. Isso equivale a R$ 110 bilhões a mais do que o Governo prevê, se considerados os valores do PIB do ano passado. Para conseguir todo esse dinheiro, os estudantes sugerem que metade do que for arrecadado pelo Fundo Social do Pré-Sal seja destinado à educação.

O presidente da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, deputado Gastão Vieira, do PMDB maranhense, acredita que o ponto central da discussão sobre o projeto na Câmara será como financiar a melhoria do ensino. 

"Acho que essa provocação dos estudantes é muito bem-vinda. Existem outros setores da sociedade brasileira que acham que nós devemos realmente aumentar esse percentual e usam uma expressão que eu gosto muito: ´devemos ser ousados´ na questão educacional, e acho até que esse tema (o financiamento) vai dominar as discussões da comissão (especial)."

O deputado Gastão Vieira destaca que a primeira audiência pública que tratará do Plano Nacional de Educação será na próxima quarta-feira. Ele explica que para que as sugestões dos estudantes sejam incorporadas à discussão, é preciso que algum deputado as apresente formalmente como suas. Segundo os representantes da UNE e da Ubes, alguns parlamentares já se comprometeram em fazer isso, como as deputadas Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, Alice Portugal, do PCdoB baiano, e o deputado Paulo Rubens Santiago, do PDT pernambucano.

De Brasília, Ginny Morais

XL Congresso Brasileiro de Radiologia 2011 em Pernambuco


Para mais informações:
http://www.congressocbr.com.br/