terça-feira, 28 de junho de 2011

PET/RM Já é aprovado pelo FDA






O U.S. Food and Drug Administration aprovou o Sistema de Ressonancia Biograph mMR (Siemens* )para uso nos EUA. É o primeiro equipamento aprovado que utiliza simultaneamente o “Positron Emission Tomography” (PET) e ressonância magnética (MRI) scan nos EUA.

PET/computer tomography (CT) scanners são bem conhecidos. Mas, segundo o FDA, o novo equipamento oferece vantagens em relação ao PET CT, incluindo “imagiamento simultâneo, redução do uso de radiação ionizante e incremento de contraste na avaliação de tecidos moles”.

"O Siemens PET/MRI system permitiu que as duas modalidades de obtenção de imagens fossem realizadas simultaneamente , sem deslocamento do paciente” disse o Dr. Alberto Gutierrez, Ph.D., diretor da Office of In Vitro Diagnostic Device Evaluation e Safety no FDA's Center for Devices and Radiological Health. "A minimização de alterações de posição do paciente possibilita ao médico maior facilidade na comparação das imagens obtidas e auxilia na obtenção de informação com maior acurácia possível".

Este equipamento foi aprovado recentemente para venda na Europa.

Similarmente ao PET/CT,o Biograph mMR usa PET para observar orgãos e partes moles ,porém com a maior acurácia da ressonância, o que possibilita ao medico a obtenção de maior numero de informações sobre as condições do paciente, observaram os técnicos do FDA. A agência adicionalmente informou que a não utilização de radiação ionizante pela Ressonância Magnética do Biograph System reduz significantemente as doses de exposição às quais o paciente é exposto. Esse uso decrescente de radiação é especialmente significante para determinados segmentos da população como crianças e pacientes que necessitam de avaliações sucessivas, continua o FDA.

O FDA avaliou o Sistema de PET RM da Siemens baseado comparativamente a equipamentos de PET/CT machine. O Biograph mMR system é indicado para qualquer paciente que necessita um diagnostico com imagens obtidas através do PET ou RM, apesar dos pacientes portadores de marca-passo , desfibriladores e outros implantes eletrônicos terem contra indicação para o exame , a não ser que tenham sido instalados já de forma preparada a manter seu uso sob ambiente de fortes campos magnéticos.


Fonte: FDA

domingo, 19 de junho de 2011

RECICLAGEM NUCLEAR








Os físicos nucleares William H. Hannum, Gerald E. Marsh e George S. Stanford, em artigo publicado na Scientific American Brasil de março, sustentam a tese de que a energia nuclear pode ser sustentável e praticamente inesgotável, além de operar sem contribuir para a mudança climática do planeta e para o acúmulo de lixo nuclear perigoso.
Para tanto, apóiam-se em duas inovações tecnológicas, ainda em teste: o processamento pirometalúrgico (método de alta temperatura para obter combustível a partir da reciclagem do lixo do reator) e reatores modernos de nêutrons rápidos, capazes de queimar esse combustível. 
Os reatores de nêutrons rápidos extrairiam muito mais energia de combustível reaproveitado em usinas, minimizariam os riscos da proliferação de armas atômicas e reduziriam o tempo que os dejetos precisam ser mantidos em isolamento (de dezenas de milhares de anos, para poucas centenas).
Desse modo, segundo os autores, a energia nuclear seria o modo “mais amigável” ao ambiente de gerar grandes quantidades de eletricidade.

Medicina Nuclear: Novos Horizontes no Brasil






O Brasil precisa desenvolver sua própria tecnologia de energia nuclear para aplicar em uso pacifico, como em Medicina Nuclear. Daí a necessidade de um reator Multipropósito que tornará o país autossuficiente na produção de radioisótopos, usados no diagnostico e tratamento de diversas doenças.

O reator dará a sustentação necessária para que a Medicina Nuclear possa, de fato se desenvolver no País. Os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material radioativo.

Por ano, no Brasil, são realizados cerca de 3,5 milhões de procedimentos de Medicina Nuclear, mais a utilização per capita é baixa. Além disso, há um desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do País. É preciso torná-los acessíveis a todos.

A decisão de construir o Reator Multiproposito Brasileiro (RMB) foi confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, em 31 de Janeiro de 2011, durante visita a Argentina, quando assinou acordo binacional nesse sentido. Recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falou publicamente da construção do reator com foco na produção de radioisótopos.

O fornecimento do principal insumo- molibdênio-99 - é feito totalmente por importação e chegou a ser interrompido em 2009, sendo este fornecimento inseguro e caro. Além disso, o RMB poderá ser utilizado em pesquises em áreas estratégicas, como o teste de componentes do submarino nuclear e de usinas nucleares, ou seja, peça fundamental para o sucesso do Programa Nuclear Brasileiro, com a nobre finalidade imediata de promover o desenvolvimento e a autossuficiência da Medicina Nuclear. 

A construção do reator tem um custo estimado de R$ 850 milhões. A liberação de R$ 50 milhões, para o projeto básico, foi aprovada pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

A Medicina Nuclear representa, financeiramente, parte pequena de o Programa Nuclear, porém é talvez o componente mais nobre, já que favorece o diagnóstico e o tratamento de inúmeras doenças. Ao mesmo tempo, é uma especialidade que tem tido grande exposição na mídia, principalmente devido ao seu uso no tratamento. De membros do mais elevado escalão do governo brasileiro.

Atualmente, cerca de 70 % dos procedimentos da Medicina Nuclear são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e essa proporção deveria aumentar. “temos que lutar por esse aumento, mas não só isto”, afirma o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular.

Na opinião do médico “é fundamental iniciar uma nova fase de crescimento de especialidade”. Segundo o Dr. Dario “devemos estimular a produção nacional de novos radiofármacos”. Na opinião do médico “novas pesquisas e investimentos nesta área nos tornarão independentes da importação ou da replicação de produtos importados;além disso precisamos criar radiofármacos apropriados às doenças e às características de nossa população”.

O governo planeja investir em estrutura e equipamentos para produzir materiais radioativos. Mas devem investir também no material humano que proporcionará que todo esse investimento se reverta em beneficio à população. Com uma pequena fração do valor investido no reator, o governo precisa estimular a criação de serviços de Medicina Nuclear e Radiofarmacia de ponta em todas as universidades brasileiras.

É preciso que os pesquisadores disponham dessa ferramenta para produzirem produções para os problemas da população e não apenas copiarem radiofármacos para a população do primeiro mundo.

Fonte: Assessoria de Imprensa
: Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular ( SBBMN)